PROGRAMA 2019
DIA 24 JULHO
21h00
PREÇO: € 16
ANFITEATRO COLINA DE CAMÕES

“A Luz do Oriente”
ORQUESTRA SINFÓNICA JOVEM DE MACAU
Nancy Zhou, Violino
Pedro Neves, Maestro convidado
António Fragoso (1897 – 1918)
Nocturno
Doming Lam (1926)
O mundo dos insectos (1979)
I. Abelhas atarefadas
II. Libélulas
III. Bichos da seda
IV. Borboletas
V. O mundo dos insectos
Chen Gang/ He Zhanhao (1935/1933)
Concerto para Violino Butterfly Lovers
Nancy Zhou, violino
Igor Stravinsky (1882-1971)
Suite O Pássaro de Fogo (versão 1919)
I. Introdução
II. Dança do Pássaro de Fogo
III. Variações do Pássaro de Fogo
IV. Dança de roda das Princesas
V. Dança infernal do Rei Kashchey
VI. Canção de embalar
VII. Final
A Macao Youth Symphony Orchestra ou Orquestra Sinfónica Jovem de Macau, foi fundada em 1997 e é composta por estudantes. O seu objectivo é formar jovens músicos, dando-lhes oportunidades de actuar em público, cultivar os seus interesses e criar intercâmbios. Os músicos recebem formação regular da Hong Kong Academy of Performing Arts, Hong Kong Philharmonic Orchestra e Guangzhou Symphony Orchestra. Tem recebido formação e actuado com músicos de renome, tais como: Leung Kin Fung, Richard Tsang, The Lee Trio, Professor Yves Sévère, Raphael Sévère, entre outros. A Orquestra interpreta um vasto repertório de clássicos bem como novas comissões, tendo vindo a realizar digressões por todo o mundo.
Nancy Zhou é uma violinista norte americana, natural do Texas, onde começou a estudar violino aos 4 anos de idade, com o pai. Estudou no New England Conservatory e é Bachelor of Arts em literatura pela Universidade de Harvard. Em 2008, Nancy chamou a atenção de Anne-Sophie Mutter e tornou-se bolseira da sua fundação, tendo a oportunidade de tocar em todo o mundo. É artista residente da Queen Elisabeth Music Chapel, onde é orientada por Augustin Dumay. A sua carreira deu um grande salto em 2018, ao vencer os Concursos Internacionais de Violino Harbin e Isaac Stern em Shanghai, abrindo as portas para uma digressão internacional nas temporadas de 2019 e 2020. Para além de solista, Nancy toca igualmente de música de câmara, nomeadamente nos festivais Mecklenburg-Vorpommern, Ravinia Festival, e o Festival Verbier. Nancy toca num violino Guarneri de 1730-33, conhecido como “l’Ame de del Gesu”, gentilmente cedido por um particular.
Pedro Neves é natural de Águeda. Estudou violoncelo e direcção de orquestra na Academia Nacional Superior de Orquestra (ANSO) e na Escola de Música Juan Pedro Carrero, em Barcelona, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Estudou com os maestros Jean Marc Burfin, Emílio Pomàrico, Alexander Polishcuk e Michael Zilm, de quem foi assistente. Foi premiado no concurso da Juventude Musical Portuguesa e no Prémio Jovens Músicos. Dirigiu diversas orquestras nacionais e estrangeiras, entre as quais se contam a Orquestra do Algarve, onde foi maestro titular entre 2011 e 2013, Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, Orquestra Metropolitana, Orquestra Sinfónica Nacional, Orquestra da Cidade de Joensuu (Finlândia) e a Orquestra Sinfónica de Porto Alegre (Brasil). Dá aulas na ANSO e é doutorando na Universidade de Évora, onde realiza uma investigação sobre as seis sinfonias de Joly Braga Santos. Pedro Neves é fundador da Camerata Alma Mater, maestro titular da Orquestra Clássica de Espinho e assumiu recentemente o cargo de maestro convidado da Orquestra Gulbenkian.
22h30
ENTRADA LIVRE
SALA AQUA, HOTEL QUINTA DAS LÁGRIMAS
INSCRIÇÕES E INFORMAÇÕES: festivaldasartes2019@gmail.com
“Luz do Oriente e som do Ocidente”
POR CRISTINA ZHOU
“Viúva, grácil, na escuridão tranquila”
POR JOSÉ CARLOS SEABRA PEREIRA
Pretendo, com esta apresentação, sublinhar a inspiração duradoura da poesia chinesa da dinastia Tang na arte ocidental, percorrendo as adaptações de certos elementos fundamentais dessa poesia nas expressões musicais e poéticas ocidentais. A nossa viagem começa pela sinfonia “Das Lied von der Erde” de Gustav Mahler, detendo-me na definição do termo “Weltliteratur” por Goethe, passando a seguir pelo encontro inesperado de Alberto Caeiro/Fernando Pessoa com o Budismo Zen, e terminando com a reinterpretação do espírito Zen na figura do poeta-eremita Hanshan, pela geração Beat.
Cristina Zhou é doutora e mestra em Literatura de Língua Portuguesa pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra; licenciada em Língua e Cultura Portuguesas pela Universidade de Estudos Internacionais de Xangai. Foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian e do DAAD. Tem participado em várias conferências na Europa, China, Coreia do Sul e nos EUA com trabalhos sobre diversos temas relacionados com Fernando Pessoa e o Modernismo português. É actualmente directora executiva do Instituto Confúcio da Universidade de Coimbra.