Paixões

3.º Festival das Artes

A paixão pelo Festival das Artes

Um enquadramento paisagístico deslumbrante, num local em que a História de Portugal se sente, com uma equipa de programação motivada e sabedora, beneficiando do apoio à Cultura de qualidade por entidades e empresas portuguesas, tudo isso torna o meu papel mais fácil e entusiasmante. Encontrar criadores nacionais e estrangeiros apaixonados, receber o apoio caloroso de Coimbra, uma cidade que tendo qualidade e públicos pode ser exigente e tem o direito até de poder ser excessivamente crítica, motivaram-me a tentar fazer cada vez melhor e a envolver-me cada vez mais no projecto.

O Festival das Artes, que este ano pela terceira vez a Fundação Inês de Castro vai organizar na Quinta das Lágrimas – se me é permitido ser parcial, um dos mais maravilhosos sítios de Portugal – e nalguns outros seleccionados espaços emblemáticos de Coimbra, vai ser, este ano, ainda melhor do que nos anteriores. Para além deste programa sugiro que vejam mais no site www.festivaldasartes.com

Em 2011 – 650 anos depois da trasladação dos restos mortais de Inês de Castro do Convento de Santa Clara para o Mosteiro de Alcobaça – o tema só podia ser as “Paixões”. Para as celebrar e viver, as artes são a música clássica, o jazz e a contemporânea, o teatro, a poesia, a pintura, a escultura, a fotografia, a gastronomia, o cinema. E também conferências declinando as paixões em todas as linguagens, o património e o início do projecto de ateliers formativos que com o tempo esperamos que será um serviço educativo exemplar.

Por isso quero agradecer aos artistas que nos honram, aos mecenas que continuam a acreditar em nós, aos meios de comunicação social, aos programadores e a todos os que com muita generosidade e dedicação, permitem dar-vos um festival que já tem nível internacional e que começa a poder ombrear com o que de melhor se faz no belíssimo Verão português. E também a todos vós, os milhares que nos honram com a vossa presença nos vários eventos.

Camões um dia escreveu – e podia tê-lo feito para o anfiteatro com que o celebramos – “transforma-se o amador na coisa amada”. Sinto que é isso que, ao longo de cada ano, acontece connosco. Que comece a coisa amada, o 3º Festival das Artes!

 

José Miguel Júdice
(Presidente da Direcção do Festival das Artes)