“Em torno da poética da Mensagem em Camões”

José Carlos Seabra Pereira – orador

– Transparência e obstáculo: as cartas de Luíz Vaz e a poética do desafogo de Camões.

– Humanos e deuses entre hostilidade e hospitalidade.

– As belas suplicantes e as projecções evemeristas n’Os Lusíadas; humanismo cívico e profetismo imperial de horizonte ecumémico.

– Mensagens de convívio cortês e de zombaria tradicional nas redondilhas camonianas.

– A mensagem camoniana por antonomásia: a dominante da épica e a dominante da lírica.

 

Foi membro da Comissão de Avaliação da Reforma Curricular, da Comissão para o Estudo da Condição do Professor em Portugal, da 7a Comissão de Avaliação do Ensino Superior Privado, avaliador da FCT em júris de candidaturas a bolsas de investigação, etc. Num plano conexo de intervenção cívica, fez parte do chamado Grupo de Ofir, sendo relator sobre política de Educação e política de Cultura (cf. «Educação: um Processo Permanente de Autodeterminação Integrada», in No Caminho da Sociedade Aberta,1988). Em 2002, dirigiu o Conselho Coordenador do programa A Rota dos Escritores promovido pela Comissão de Coordenação da Região Centro.

Integrou a comitiva cultural do Presidente da República Aníbal Cavaco Silva na visita oficial ao Brasil em 2002 (bicentenário da chegada ao Rio de Janeiro da Corte portuguesa). Entretanto, o município da Mealhada atribuiu-lhe a Medalha de Mérito Cultural; e acaba de ser distinguido com o Prémio Vida e Obra 2023, da Tabula Rasa coordenada pela Nova Águia e pelo MIL – Movimento Internacional Lusófono.

Dirige a revista Estudos do histórico CADC – Centro Académico de Democracia Cristã (Coimbra) e o Observatório da Cultura do SNPC – Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura; integra o Conselho Redactorial da Brotéria e de outras revistas; é membro do Conselho Executivo da Fundação Inês de Castro, do Conselho de Patronos da Fundação Arpad Szenes / Vieira da Silva e do Conselho Consultivo da Fundação António Quadros. 

Tem integrado os júris dos principais prémios literários de Portugal e da CPLP, nomeadamente do Prémio Camões, do Grande Prémio Leya e dos Prémios da Associação Portuguesa de Escritores; preside aos júris do Prémio Literário Inês de Castro e do Prémio de Poesia António Quadros.

Figura de referência nos estudos sobre Camões, Decadentismo, Simbolismo, Neo-Romantismo e Modernismo, é autor de cerca de quinhentas conferências e palestras, de numerosos ensaios e estudos monográficos, de edições críticas ou para-críticas (Obras de Gomes Leal, Raul Brandão, Alberto d’Oliveira, Alberto Osório de Castro, Afonso Duarte, Florbela Espanca, etc.), de centenas de artigos em revistas especializadas e verbetes em enciclopédias, e de uma vintena de livros, com destaque para as três teses acima referidas e para: Do Fim-de-Século ao Tempo de Orfeu (1979); Autour de la Thématique Politique et de L’Engagement dans la Littérature Portuguaise (1982); vol.VII da História Crítica da Literatura Portuguesa: Do Fim-De-Século ao Modernismo (1995); António Nobre: Projecto e Destino (2000); O Essencial sobre António Nobre (2001); O tempo republicano da literatura portuguesa (2010); Aquilino – a escrita vital (2014, Prémio de Ensaio da Associação Portuguesa de Críticos Literários); O Delta Literário de Macau (2015, Prémio de Ensaio da Associação Portuguesa de Escritores). Essa obra de investigação e ensaio culminou em finais de 2019 no livro monumental As Literaturas em Língua Portuguesa (Das origens aos nossos dias) e com a atribuição do Prémio Vida e Obra (Tabula Rasa).

Coordena a equipa de académicos portugueses e brasileiros que ultima, para publicação pela Imprensa Nacional (IN-CM), a edição crítica d’Os Lusíadas – que assinalará as comemorações camonianas entre os 450 da 1a ed. da Epopeia (1572) e os 500 anos do nascimento do Poeta (1524/25). Em 2017 foi co-coordenador e co-autor da grande obra colectiva Portugal Católico, que depôs em Roma nas mãos do Papa Francisco. É responsável por duas unidades culturais no Instituto Cultural Dom António Ferreira Gomes (Porto). É, desde 2015, Director do Secretariado Nacional para a Pastoral da Cultura. Em 2017 foi co-coordenador e co-autor da grande obra colectiva Portugal Católico.