10.º FESTIVAL • AMORES E DESAMORES
13 JULHO 2018
Ciclo das Artes Plásticas
18h00
BIBLIOTECA GERAL DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA
SALA DE SÃO PEDRO
MARCAÇÕES E RESERVAS: 239 247 280 / reservas@uc.pt
Até 23 de Julho
De 2.ª Feira a Sábado, das 10:00 às 17:00

Exposição iconográfica e bibliográfica
“Tu, só tu, puro Amor”
Inauguração e Cerimónia de Abertura do Festival
Visões camonianas de Inês de Castro
O episódio referente à morte de Inês de Castro ocupa 144 versos do canto III de Os Lusíadas (ests 118-135) e faz parte da história de Portugal contada por Vasco da Gama ao Rei de Melinde.
Embora outros autores tivessem já tratado do acontecimento, é em Camões que ele vai alcançar maior ressonância, convertendo-se num dos temas portugueses mais conhecidos nos planos nacional e internacional.
A natureza trágica do episódio e a intensa visualidade da descrição camoniana estimularam, desde cedo, o gosto e o talento de vários ilustradores.
Na presente Exposição mostram-se algumas das gravuras que existem em várias edições de Os Lusíadas, desde o século XVII até ao século XX.
Exposição produzida pela Equipa do Livro Antigo da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra
Ciclo da Música
21h30
PREÇO € 16
CONVENTO SÃO FRANCISCO
CONCERTO DE ABERTURA
“Amor Fatal”
Orquestra Filarmónica Portuguesa
Yang Liu, violino
Osvaldo Ferreira, maestro
Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840 – 1893)
Abertura Fantasia Romeu e Julieta
Max Bruch (1838 – 1920)
Concerto para violino nº1, em sol menor, Op. 26
1. Prelude – Allegro Moderato
2. Adagio
3. Finale-Allegro Energico
Igor Stravinsky (1882 – 1971)
A Sagração da Primavera
Parte I – A Adoração da Terra
Parte II – O Grande Sacrifício
NOTAS AO PROGRAMA
Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840 – 1893)
Abertura Fantasia Romeu e Julieta
A Abertura Fantasia Romeu e Julieta é uma das mais pungentes e célebres obras musicais escritas a partir do drama de Shakespeare. Por sugestão de Balakirev, influente compositor russo, Tchaikovsky escreveu a primeira versão desta Abertura Fantasia em apenas seis semanas, no Outono de 1896, concluindo a última versão em 1880. Começamos por ouvir o tema do Frei Lourenço, como um hino. Vão surgindo disputas musicais entre as famílias rivais, Montéquios e Capuletos, até que timidamente ouvimos o tema de amor dos jovens enamorados. Os conflitos acentuam-se até ao clímax da obra, o suicídio dos amantes. O emocionante final diz-nos que o verdadeiro amor triunfa sobre a morte.
Max Bruch (1838 – 1920)
Concerto para violino nº1, em sol menor, Op. 26
Max Bruch tinha apenas 19 anos quando esboçou as primeiras ideias para este concerto. Depois de diversas alterações, sugeridas pelo virtuoso violinista Joseph Joachim, estreou finalmente a obra que hoje conhecemos em 1866, recebida com o clamoroso sucesso que perdura até hoje. A obra prima de Bruch conta com três andamentos. O primeiro é como um prelúdio em que as trocas entre solista e orquestra são animadas. O segundo andamento encadeia-se com o primeiro e revela ricas melodias, cheias de lirismo. O final traz-nos verdadeiros fogos de artifício virtuosísticos.
Igor Stravinsky (1882 – 1971)
A Sagração da Primavera
“Um dia, quando terminava as derradeiras páginas de O Pássaro de Fogo, tive uma súbita visão que me tomou se assalto e surpresa, estando a minha mente completamente ocupada noutros assuntos. Na minha imaginação, vi um solene rito pagão: velhos sábios, sentados em círculo, observavam uma jovem rapariga dançar até à morte. Estavam a sacrificá-la para agradar ao deus da primavera”. Stravinsky imaginou a cena final do bailado que encerrou a trilogia dedicada à Rússia e à suas tradições e mitos. Depois de Petrushka e O Pássaro de Fogo, o empresário Sergey Diaghilev, responsável pelos Ballets Russes, encomendou a Stravinsky um bailado cuja estreia em 1913, em Paris, foi um autêntico escândalo. Musicalmente nunca se tinha ouvido nada assim. Dividida em duas partes, A Sagração da Primavera tem uma força telúrica raramente igualada na história da música.
Liu Yang, da China, tem um talento deslumbrante e o público ovacionou quando Liu disparou alguns foguetes da sua autoria…
The Washington Post
[Liu Yang] O melhor dos milhares de milhões!
Beijing Tonight
BIOGRAFIAS
A Orquestra Filarmónica Portuguesa foi fundada em Maio de 2016 por Osvaldo Ferreira e Augusto Trindade. Integra um conjunto de músicos de elevado padrão artístico, premiados em concursos nacionais e internacionais, ex-integrantes da Orquestra Jovem da União Europeia (EUYO) e ainda músicos estrangeiros residentes em Portugal que se juntaram neste projecto para criar uma orquestra que fosse uma referência e símbolo de qualidade, actuando em todo o território nacional. A Orquestra produz concertos sinfónicos, ópera e está a desenvolver ligações com outros géneros artísticos, com um objectivo permanente de desenvolvimento de eventos e espectáculos criativos.
A OFP apresentou o seu concerto inaugural a 7 de Maio de 2016 no Europarque (Santa Maria da Feira) e, desde então, tem vindo a apresentar-se em alguns dos principais festivais e salas de concerto em Portugal tais como o Festival das Artes, Cistermúsica (Alcobaça), Festival dos Capuchos (Almada), Altice Arena (Lisboa), Centro Cultural do Arade (Algarve), Casa da Música (Porto) e Theatro Circo de Braga, entre muitos outros. A reacção do público, críticos especializados e músicos de todo o país, foi unânime e elegeu este projecto como um dos mais importantes dos últimos anos no nosso país, pela sua qualidade e originalidade.
O violinista Yang Liu alia uma excelente técnica a uma musicalidade extraordinária, o que lhe valeu numerosos elogios na Ásia, E.U.A. e Europa. Yang Liu venceu o 12º Concurso Internacional Tchaikovsky de Moscovo e o Concurso Nacional de Violino da China.
Natural de Tsingtao, na China, Yang Liu fez sua estreia aos 10 anos de idade com a NHK Orchestra, em Tóquio. Ao interpretar o Concerto para Violino de Tchaikovsky numa transmissão nacional ao vivo, com a Central Philharmonic Orchestra, chamou a atenção do conceituado pedagogo Yao-Ji Lin, com quem começou a estudar no Conservatório Central de Música de Pequim. Em busca de mais desenvolvimento musical, Yang Liu mudou-se para os E.U.A., onde continuou os seus estudos no College-Conservatory of Music, em Cincinnati. A sua estreia nos E.U.A. ocorreu com a Orq. Sinf. de Atlanta. A este grande sucesso seguiram-se convites para tocar com várias orquestras. O seu repertório varia entre o barroco e a música contemporânea. Para além de ser um artista muito requisitado, é igualmente um professor de renome. O seu primeiro trabalho discográfico, “Song of Nostalgia”, foi aclamado pela crítica. Graças a um generoso empréstimo da Stradivary Society e da Bein & Fushi Rare Violins, toca num violino Guarneri de 1741.
Osvaldo Ferreira, na qualidade de director convidado, para além da Orquestra Gulbenkian trabalhou com as Orquestras Filarmónicas de S. Petersburgo, de Qingdao, na China e as Orquestras Sinfónicas de Nuremberga, da Venezuela, Orquestra da Sociedade de Concertos de Brasília, do Estado Russo em Moscovo, entre outras. Actualmente é o Director Artístico da Orquestra Filarmónica Portuguesa e da Sociedade de Concertos de Brasília. Foi o director musical e regente titular da Orquestra Sinfónica do Paraná e da Orquestra do Algarve.
Osvaldo Ferreira realizou um mestrado em direcção de orquestra em Chicago e é pós-graduado pelo Conservatório de São Petersburgo, na classe de Ilya Mussin. Foi laureado em 1999 no Concurso Sergei Prokofiev, na Rússia. Recebeu um “Fellowship” do Aspen Music Festival nos EUA, onde frequentou a American Conductors Academy. Foi assistente de Claudio Abbado em Salzburgo e Berlim. Estudou ainda com Jorma Panula e David Zinman e foi bolseiro do Ministério da Cultura de Portugal e da Fundação Calouste Gulbenkian. Gravou vários CD com obras de autores portugueses para a Editora Numérica e um CD duplo com Sinfonias de Mozart.
Co-produção da Câmara Municipal de Coimbra e da Fundação Inês de Castro