Manhãs dos séculos

CELEBREMOS AS MANHÃS DOS SÉCULOS

Não conseguimos atrair a Coimbra 200.000 pessoas em 4 dias, mas gostamos de pensar que somos uns maratonistas, que todos os anos, nos juntamos em redor deste lago, entre as duas fontes dos Amores e das Lágrimas, para celebrar a música e as artes! E é assim, porque a visão e inspiração da Arquitecta Cristina Castel-Branco transformou este pedaço de terra, neste palco de festa, e encontro com a arte, a história e a natureza. Este ano, celebramos os 15 anos da inauguração do anfiteatro, onde Bernardo Sassetti e Mário Laginha nos deram um inesquecível concerto. Parabéns e bem-haja Arquitecta Cristina Castel-Branco!

A preparação destas 10 noites de música e espetáculos coube-me a mim, este ano, e foi particularmente difícil. O concurso da DGArtes abriu tarde e tarde comunicou resultados. Com esta demora, tarde efetivámos os contratos com os artistas, tarde lançá- mos a divulgação, prejudicando, assim, a adesão do público ao Festival.
E, o apoio, não chegou.

Mas felizmente, quando uns nos falham, outros se levantam!
Um agradecimento sentido à Câmara Municipal de Coimbra, particularmente ao seu Presidente, Dr. José Manuel Silva, que, de forma empenhada, salvou o Festival e nos contagiou com o seu entusiasmo – “Não desistam“!

Obrigada ao BPI e à Litocar, por terem aumentado o apoio, à AIRC e à Selt, que se juntam a nós pela primeira vez e a todos os outros parceiros, que, todos estes anos, têm dito presente. O nosso agradecimento também à excelência da técnica e da experiência de Eduardo Leandro e a Zonapro. Discreto e indispensável é também o apoio do Hotel Quinta das Lágrimas, que confirma todos os anos o seu mecenato, albergando os nossos artistas e a equipa que torna possível a realização do Festival. Um sentido obrigado ao Dr. Joaquim Goes, ao Dr. Miguel Júdice e à equipa do Dr. Gradim que nos acolhe ano após ano.

O nosso Festival é feito com poucos meios, mas, juntamente com os nossos mecenas, tentamos manter viva a chama da arte e da cultura em Coimbra. Não se trata de fazer dinheiro com arte, trata-se de preparar tudo para se apreciar formas de arte que nos serão, neste festival das Manhãs dos Séculos, declinadas em magníficas expressões de ballet, Jazz, música clássica, conferências, gastronomia e atividades para as crianças. O objetivo é mesmo celebrar, num lugar único de história de Portugal, as formas de arte que os séculos passados nos foram deixando para, em conjunto, sentirmos que estamos vivos, que pertencemos a este lugar bafejado pela beleza e o sossego do vale do Mondego.

Termino com um agradecimento ao admirável público do Festival e aos artistas.
Cada ano recebemos cerca de 300 artistas.
Já acolhemos artistas de 20 nacionalidades.
Um público de 8.000 participantes.
E um staff que já atingiu os 400 operacionais.
Bem-hajam todos!
E, finalmente, desfrutemos do 14º Festival das Artes QuebraJazz.

Cláudia do Vale
Directora do Festival das Artes QuebraJazz